Do site do Sesc RR
Quatro grupos de teatro de Boa Vista participam a partir desta terça-feira (3) do projeto Dramaturgia - Leituras em Cena, desenvolvido pelo Sesc. O evento acontece até sábado, 07, no Espaço Multicultural Sesc Centro, sempre a partir das 20h, com entrada franca.
O coquetel de abertura acontece nesta terça-feira, a partir das 20h. Na ocasião, haverá um encontro com os diretores, que farão um diálogo sobre o processo de construção das leituras. Também será aberta a exposição fotográfica de Artes Cênicas e Dramaturgia, do fotógrafo Marcelo Seixas.
O Projeto visa estimular a prática de leitura de textos teatrais, mais propriamente, oportunizar o ritual de ouvir/ver leituras encenadas de textos inéditos e consagradas da dramaturgia nacional e internacional.
“Mais do que reunir atores e diretores em torno de textos teatrais buscando apontar as suas potencialidades cênicas, pretendemos, isto sim, sinalizar a urgência de se rever o lugar da dramaturgia no teatro contemporâneo”, afirma Karla Raskopf, coordenadora do Núcleo de Cultura do Sesc.
O projeto, segundo Karla, pretende ir além da leitura superficial ou “impostada”, daquele tipo de leitura em que o ator/leitor mostra boa dicção, mas que não toca o coração do texto e, consequentemente, não toca o ouvinte/espectador. Não pretende, também, lançar mão de recursos cênicos que acabem por ofuscar aquele que é o objeto e protagonista do projeto: O Texto Teatral.
“Trata-se de um jogo, um quebra-cabeça, visando mensurar a resistência ou a pertinência deste ou daquele texto, separando o permanente do aparente e revelando aquilo que seria a essência dramatúrgica”, revela.
Evidentemente que este jogo de ampliação dos sentidos, implícitos e explícitos, existentes nos meandros da significação do texto teatral, é uma singular tarefa de leitura prepositiva do diretor feita com a colaboração do seu elenco.
Cronograma de Apresentações
03 de junho - 20h
Coquetel de abertura do projeto Dramaturgia Leituras em Cena
- Encontro com os diretores dialogando sobre o processo de construção das leituras;
- Abertura da exposição fotográfica de Artes Cênicas e Dramaturgia do fotógrafo Marcelo Seixas.
Dia 04 de junho - 20h
Cia. Locômbia Teatro de Andanças
Texto: Beckett - Não há muita coisa para falar
Autor: Ricardo Bandeira
Direção: Coletiva e Colaborativa
O Grupo Locômbia Teatro de Andanças nasceu no auge dos anos 80, na Colômbia, onde a característica mais firme era de uma Direção e Criação coletiva, onde todos os membros do grupo colaboravam no processo de criação da montagem, com uma dramaturgia própria.
No longo destes anos o Grupo Locômbia já montou diferentes peças, muitas, já apresentadas ao público boa-vistense, através da Mostra SESC Macuxi de Artes, Praça dos Artistas, entre outros eventos. Assim destacam-se as principais peças: “La balada de los Tarros”, “
Do texto: No monólogo Beckett ou Samuel Barclay Beckett como protagonista caminhando pela vida, de casaco e sua bolsa dependurada, ele conta parte de sua vida com referência a seus textos, poemas e peças teatrais, revendo seus personagens e lembrando suas amizades como James Joyce, Molloy e Matone, entre outros.
Ficha Técnica:
Samuel Barclay Beckett - Beatriz Brooks
Dia 05 de junho - 20h
Cia. Criart
Texto: O Poeta e a Musa Esse Louco Processo de Criação.
Autor: Jean Queiróz
Direção: Kaline Barroso
Kaline Barroso é atriz, diretora teatral, professora de artes e canto coral da rede pública de ensino. Dirige o Criart Teatral Grupo de Teatro, desde sua fundação em 2001. Entre outros trabalhos estão “Os Monólogos de Vagina”, “O Chapeuzinho Vermelho”, “Confissões”, “Pluft O Fantasminha”, “Sob um Céu de Poesia”, etc. Recebeu ter prêmios de interpretação e dois na área de Arte Educação. Apesar de ter diversos trabalhos voltados a todas as idades, destaca-se pelos trabalhos dirigidos para o público infantil, atualmente está dirigindo o espetáculo infantil “João e Maria” com estréia prevista para agosto de 2008
Do texto: Duas almas entregues ao delírio do amor, da existência, da arte, um poeta, uma atriz, uma estranha atração, um vicio, uma saída para escapar da realidade e entregar-se plenamente aos sonhos essenciais, a quebra de todas as regras através da imaginação. Dois personagens a procura de um sentido pro mundo de volta, vivem uma relação cheia de tortura, alternadas com surtos de fúria, o limite entre a fantasia e o real, o caos e o lúdico, a busca e o desencanto, o teatro e a poesia no limite, o teatro e a poesia no limite da loucura.
Ficha Técnica:
Musas: Jayne Cardoso, Celis regina, Cecília Monteles, Karen Barroso, e Lana Francis.
Poetas: Marcelo Caliri, Willian Rangel, Mateus Ferreira, Thiago Pharias e Rubens Ribeiro.
Dia 06 de junho - 20h
Cia. do Lavrado
Texto: As Criadas
Autor: Jean Genet
Direção: Graziela Camilo
O primeiro contato com o teatro foi em 1995, aos 11 anos, no SESC - Centro
Em 2002 ingressa na Faculdade de Artes do Paraná para cursar Artes Cênicas, curso que foi abandonado em virtude da mudança para Boa Vista, em 2004.
Em uma oficina de linguagem cinematográfica no SESC-RR, conhece o ator e diretor Marcelo Perez, que posteriormente a convida para integrar a Cia. do Lavrado, da qual faz parte até hoje.
Do texto: Nesta peça, escrita em 1947, o dramaturgo e romancista francês Jean Genet explora as relações de poder no universo doméstico, através das personagens Claire e Solange as criadas, e sua patroa Madame.
O artificialismo das relações beira o insuportável, e Madame, preocupada demais consigo mesma, nem desconfia dos sentimentos negativos que suas criadas nutrem por ela, nem das armações que fizeram para afastá-la de seu homem, o Doutor.
A trama envolve um complexo jogo meta-teatral no qual Claire finge ser Madame, enquanto Solange desempenha o papel de Claire, e, desta forma, as personagens revelam suas facetas menos escrupulosas.
Ficha Técnica:
Cora Rufino Claire
Sony Ferseck Solange
Graziela Camilo - Madame
Dia 07 de junho - 20h
Cia. Arteatro
Texto: Navalha da Carne
Autor: Plínio Marcos
Direção: Marcio Sergino
Márcio Sergino Criador e diretor da Companhia Arteatro que desde 1993 vem investindo na busca da identidade do seu teatro e de um formato verdadeiro de viver e se envolver cada vez mais nesse universo de busca, que também faz parte do jogo. Como vice-presidente da Federação de Teatro do Estado, quer fazer crescer a idéia do teatro como veículo estimulador do acesso, do aluno com a literatura e formação do ser, crítico.
Do texto: Um flagrante íntimo no universo de uma prostituta (Neusa Sueli). O cafetão (Vado), e um gay (Veludo), onde a força das circunstâncias os coloca frente a frente, num embate contextualizado por ela e levando-a, a assumir mesmo com toda a angústia, os ditames da sua prosaica realidade.
Ficha Técnica:
Vado: Vitor Souza
Bárbara Monteiro
Denise Pontes
Marcelle Grécia
Baronso Lucena
Silmara Costa
Neusa Sueli: Camila Bessa
Veludo: Silmara Costa
6 comentários:
Olá pessoal,O dramaturgia é um evento fabuloso!
Silmara Costa
É mesmo!
Pena que os próprios organizadores não prestigiam... Demonstram um profundo desinteresse, e acabam por revelar o que eu já havia percebido na edição anterior: fazem pra cumprir tabela.
Além disso, é uma pena que, na maioria dos dias, houvesse apenas integrantes de grupos e familiares na platéia...
A qualidade dos trabalhos foi superior ao ano passado. Os grupos estão mais amadurecidos. As soluções encontradas às cenas apresentadas mostrou amadurecimento dos grupos em seus processos de trabalho. A FETEARR precisa absorver estes projetos, passar a realizá-los todos os anos também. Com isso produziremos muito mais. É isso.
Excelente, Marcelo. Acho que a grande questão é realmente o posicionamento da FETEARR como organizadora desses eventos. Já ficou claro, com a Mostra de Esquetes, que a Federação tem capacidade suficiente para empreitadas como aquela.
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Excelente, Marcelo. Acho que a grande questão é realmente o posicionamento da FETEARR como organizadora desses eventos. Já ficou claro, com a Mostra de Esquetes, que a Federação tem capacidade suficiente para empreitadas como aquela.
Surgiu na �ltima reuni�o de diretoria, a id�ia de fazermos um circuito de leitura, muitas coisas boas ainda est�o por vir.
Silmara Costa
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